Se todo o ser ao vento abandonamos
E sem medo nem dó nos destruímos,
Se morremos em tudo o que sentimos
E podemos cantar, é porque estamos
Nus em sangue, embalando a própria dor
Em frente às madrugadas do amor.
Quando a manhã brilhar refloriremos
E a alma possuirá esse esplendor
Prometido nas formas que perdemos.
E sem medo nem dó nos destruímos,
Se morremos em tudo o que sentimos
E podemos cantar, é porque estamos
Nus em sangue, embalando a própria dor
Em frente às madrugadas do amor.
Quando a manhã brilhar refloriremos
E a alma possuirá esse esplendor
Prometido nas formas que perdemos.
Sophia de Mello Breyner Andersen
2 comentários:
Querida Ana,
Estou ouvindo o Cd, como se navegasse mar adentro...
A Sophia inclusive sempre fala de mar e como são lindos esses versos que ela escreve. Como são lindos!
Beijos e um bom fim de semana para ti.
Querida Ana,
Graças a Deus temos a capacidade de recomeçar, e Sophia diz isso com tanta beleza nesse poema!
Bjs
e um domingo maravilhoso
Marilac
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