quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Poesia

Se todo o ser ao vento abandonamos
E sem medo nem dó nos destruímos,
Se morremos em tudo o que sentimos
E podemos cantar, é porque estamos
Nus em sangue, embalando a própria dor
Em frente às madrugadas do amor.
Quando a manhã brilhar refloriremos
E a alma possuirá esse esplendor
Prometido nas formas que perdemos.



Sophia de Mello Breyner Andersen

2 comentários:

Carol Timm disse...

Querida Ana,

Estou ouvindo o Cd, como se navegasse mar adentro...

A Sophia inclusive sempre fala de mar e como são lindos esses versos que ela escreve. Como são lindos!

Beijos e um bom fim de semana para ti.

Marilac disse...

Querida Ana,

Graças a Deus temos a capacidade de recomeçar, e Sophia diz isso com tanta beleza nesse poema!

Bjs
e um domingo maravilhoso

Marilac