Não posso adiar o coração
Fotografia de André Reis Duarte Não posso adiar o amor
não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas
Não posso adiar este abraço
que é arma de dois gumes
amor e ódio
Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o amor
nem o grito de libertação
Não posso adiar o coração
António Ramos Rosa
2 comentários:
Querida Ana,
Que lindo poema!
Lindo mesmo!!
Não podemos adiar o amor... principalmente porque é a única razão verdadeira da vida.
Beijos,
Carol
Ana,
Concordo com Carol, que lindo poema!!!
Li encantada, sonhando com o meu amor..( meu noivo vive em Lisboa)
Eu precisava ler isso " não podemos adiar o amor..."
bjs,
Marilac
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